segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Para à menina meiga dos olhos de muito amor...


  Quando minhas mãos trêmulas, fatigadas e cansadas não ousaram escrever, e por tal estado perderam o vigor e a vontade de fazer da vida uma poesia, suas mãos doces e cálidas pousaram sobre as minhas ... O amor que delas emanavam fez com que os rabiscos que estavam sendo produzidos em momentos de intensa ausência de felicidade e vida, se convertessem aos poucos em desenhos pulsantes e vibrantes... novas cores surgiram, a caligrafia readquiria uma nova forma, tecíamos juntos novos escritos... Fabricávamos em um quase frenesi, um novo texto, uma nova história... Seu punho não se impôs com força ou vulgaridade, mas com a firmeza necessária para que o cansaço fosse superado... Juntos fizemos versos, estrofes, com e sem rimas, exploramos a estilística e também inventamos o que hoje nos pertence... As interrogações que usávamos me fizeram refletir, e consequentemente dar fim as distorções de pensamento... As reticências expressam o não dito, aquilo que a palavra escapa... As exclamações eram alegria, susto, espanto, choro, são a vida! Existem ainda muitas páginas por vir... paramos não por cansaço ou  término, mas para sentirmos um no outro essa aprendizagem... A vida nos inundou com tanta força e impetuosidade, que nesse presente estamos imersos em prazeres antes nunca vivenciados... Vivemos extravagantemente! 

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