Sou outro
em mim, para que assim eu me faça enquanto movimento...
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Juízes de si no outro...
Ao elencar e especificar as “falhas” ou aparentes “faltas” do outro, não se esqueça de que em grande medida, esses comportamentos “deficitários” podem lhe ser seus próprios desejos e vontades defletidos no outro, mas desconhecidos por sua parte, pois ainda se encontram imersos em falsos moralismos e discursos densos e hipócritas.
Felicidade...
Felicidade plena é expressão
ideativa e idealizada, criada e construída por algum poeta em estado de profunda
introspecção. Pertence ao plano sobre-humano, algo que nos escapa, semelhante
ao vapor que se dispersa antes mesmo que se possa lhe sentir a fragrância,
dispersando-se, e mostrando-se complexa e inalcançável. No entanto, a
felicidade que nos é possível, que existe enquanto possibilidade é aquela que
está diante de nos, ela é feita com uma poética própria e singular, construída
cotidianamente, nas vivências que estabelecemos. Abdicar-se da construção da
própria felicidade é ingenuamente buscar no material, e tão somente crer que
ele é o único meio de fazer-se feliz... É preciso um envolvimento romântico e
espiritual consigo mesmo, e ter consciência que ser feliz implica em êxtase, e
também momentos de desamparo.
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