domingo, 25 de março de 2012

Nenhum claustro pode aprisionar por toda uma existência... Se hoje és preso, liberte-se em seu íntimo, e isso lhe será tão benéfico que ao externalizar sua liberdade, um novo mundo, expansivo e vivo se mostrará ao seu Ser... 

domingo, 11 de março de 2012

Só-Lidão


Desconhecemos seu valor benéfico e a tememos por acreditarmos ferrenhamente que ela representa a exclusão ou a indisposição de outrem a inclinar-se aos nossos anseios e aspirações, de tê-los em presença corpórea, satisfazendo-nos, enquanto objetos físicos imersos em desejos.
Estar só nos permite estar intimamente em contato com o nosso eu. Relacionar-se consigo mesmo, manter um contato intenso com nossos temores, com nossa essência, que se reconfigura a cada nova vivência, com nossos sonhos e objetivos... Enfim, com nossa existência. Não queremos estar só, pois corremos o risco de presenciarmos o “nada”, a ausência de um sentindo, de uma significação que seja forjada por nossa própria atividade sobre o mundo.
A solidão nos permite escutar o inaudito, o brado do ser, que se encontra oprimido e cerceado por uma série de “artifícios” que lhe foram impostos, para a conformação de sua existência, em padrões que lhe são externos.
Os momentos de solidão mesclam a angústia de fazer a si e a beleza de reconhecer-se nessa tarefa nobre e primordial.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Lamento...


Hoje vendo as propagandas de escolas privadas, nas quais as mesmas exibiam como troféus as aprovações de seus alunos em instituições federais de ensino superior cheguei a seguinte conclusão...
Os bancos das instituições públicas de ensino superior deste país, ainda encontram-se ocupados em sua maioria pelos filhos da pequena/média/alta burguesia... Nós filhos da classe subjugada, sentamos em bancos de escolas de ensino fundamental e médio, que transmitem um conhecimento acrítico e reprodutor da ideologia dominante, passamos a crer no "mérito pessoal", como único fator responsável por nos proporcionar a oportunidade de cursar uma faculdade, desconsideramos as outras variáveis envolvidas, tais como nosso ingresso precoce no mercado de trabalho, as limitações sócio-econômicas, entre outras tantas. Somos "tecnicizados", aprendemos o necessário/básico para servimos aos interesses da elite dominante. Que possamos ampliar nossa visão, e buscar produzir um conhecimento que liberte, não por sonho fantástico ou utópico, discurso falacioso,  mas algo que seja produzido por aqueles que não  se distanciaram objetivamente para observarem o fenômeno, mas como aqueles que foram/são os objetos em estudo, que presenciaram e vivenciaram a exclusão.