Salvaguarde (SALVE E GUARDE), minha alma de mim mesmo...
Ela sofre por estar dissociada de um corpo que lhe é estranho.
Ambiente de movimentos mecânicos, corpo holocausto...
Pétreo e frio, lugar onde a alma padece, e com o pouco de força
que lhe resta sussurra pequenos clamores de piedade.
Altar sem forma, no qual cotidianamente a alma é sacrificada.
Submeter-se as exigências de um corpo enrijecido é tonar a alma
cativa...
Ela sente-se estrangeira, retirada de seu recanto de paz...
Salve-a de mim, protegendo-a!
Um corpo vadio e estéril insiste em torná-la seu símile.
Ela suportaria noites gélidas e pálidas,
Terras longínquas, secas e áridas...
Mas ser corroída pela bílis ácida que escorre sobre si, líquido
excretado pelo corpo
A-desejante, é padecer diariamente... é ter sobre si o castigo
pelos pecados de mil-gerações... Que os braços fortes revolvam a terra... o
sangue que fluí dos poros caia sobre o solo e fertilize-o com vida...
Prive-a de um corpo que
nunca lhe pertenceu...
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