sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A "Babilônia" do ser...


Salvaguarde (SALVE E GUARDE), minha alma de mim mesmo...
Ela sofre por estar dissociada de um corpo que lhe é estranho.
Ambiente de movimentos mecânicos, corpo holocausto...
Pétreo e frio, lugar onde a alma padece, e com o pouco de força que lhe resta sussurra pequenos clamores de piedade.
Altar sem forma, no qual cotidianamente a alma é sacrificada.
Submeter-se as exigências de um corpo enrijecido é tonar a alma cativa...
Ela sente-se estrangeira, retirada de seu recanto de paz...
Salve-a de mim, protegendo-a!
Um corpo vadio e estéril insiste em torná-la seu símile.
Ela suportaria noites gélidas e pálidas,
Terras longínquas, secas e áridas...
Mas ser corroída pela bílis ácida que escorre sobre si, líquido excretado pelo corpo
A-desejante, é padecer diariamente... é ter sobre si o castigo pelos pecados de mil-gerações... Que os braços fortes revolvam a terra... o sangue que fluí dos poros caia sobre o solo e fertilize-o com vida...
Prive-a de um corpo que nunca lhe pertenceu...

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