quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Fragmentos...

E quando as palavras me faltam, confesso-me em um silêncio-desamparo e recorro as neologias, que teço sem prudência, não para me fazer compreendido, mas para dar vazão a essa força incomensurável que tenho no peito, que hoje só mais faz querer vivar a vida em seu instante máximo de prazer, dor, felicidade e tristeza... Não me concedo dias vagos!



Há uma frouxidão entre o corpo e a alma, promiscuidade intensa e ao mesmo momento ausência de sintonia entre ambos... Entre o querer e o desejo existe uma realidade nó, e tão pouco quero desfazê-la. Lanço-me por crer que viver não serve a nenhuma lógica da razão, fecho os olhos para contemplar o mundo, e quando penso que já me reconheci por completo, dou conta que nem se quer me senti em totalidade.



Não escrevo sobre linhas retas, ultrapasso-as, e sem nenhuma intenção prévia faço esboços tão ousados, que se mostram com arte imprópria... Recomponho palavras, e opto por rimas mudas e conjunções confusas, instigantes, românticas e libertárias... Vou me perdendo na ausência de estrofes e explorando estéticas efusivas, sem ao menos perceber já me escrevi, meu movimento fundante é a liberdade, essa que não é essência, mas ato, de questionar a vida, quando toda sua potência é amortecida na inexpressividade de não ser singular! 

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